Virada Cultural de São Paulo, a maior festa da América latina

São Paulo realizou a 8ª edição da Virada Cultural, o evento que quase pára a cidade em 24 horas de espetáculos. A Virada Cultural nasceu numa noite chuvosa de 2005, sendo realizada pela gestão do prefeito de São Paulo naquela época, José Serra, do PSDB. Neste ano, realizada pela gestão do prefeito Gilberto Kassab nos dias 5 e 6, o evento teve 900 atrações, um investimento de R$ 8 milhões e o público estimado de 4 milhões de pessoas. As atrações do evento visam contemplar os diversos povos que habitam São Paulo, uma das cinco cidades mais cosmopolitas do globo. Artistas de todas as regiões do Brasil se apresentaram na Virada Cultural, além de atrações também vindas dos Estados Unidos, Congo, Austrália, Nigéria, Gana, Nova Zelândia, Jamaica, Cuba, Israel, Alemanha, Holanda, Suécia, Argentina, Chile, Uruguai, Peru e Equador. O evento foi apresentado em 114 locais espalhados por toda a cidade, sendo que 50 atrações foram apresentadas no Centro. O sistema de transporte público da cidade funcionou durante as 24 horas do evento, inclusive o metrô.

Titãs, feras do rock nacional.
Titãs, feras do rock nacional.

O PALCO DO ROCK

Instalado na Avenida São João, o palco do rock recebeu atrações nacionais e internacionais, como a Banda Made in Brazil, Tito y Tarantula, Iron Butterfly, Os Mutantes, White Denin, Suicidal Tendences, La Renga, Black Oak Arkansas, Members of Morphine e a super banda brasileira Titãs. Ao meio dia de domingo, os integrantes dos Titãs, Tony Belloto, Paulo Miklos, Sergio Britto e Branco Mello reuniram na São João um público de pelo menos 50 mil pessoas. No show, os Titãs tocaram completo o disco “Cabeça Dinossauro”, lançado em 1986. Também tocaram grandes sucessos, como Homem Primata.

Gilberto Gil, lenda viva da música brasileira.
Gilberto Gil, lenda viva da música brasileira.

O PALCO DO REGGAE

Na praça da estação Julio Prestes, o palco do reggae recebeu muitas atrações vindas da África, como: Ray Lema, Ebo Taylor, Tony Allen Seun Kuti & Egypt 80, Katchafire, Lazzo Matumbi, Toots and Maytals. Mas o show mais esperado foi no encerramento com Gilberto Gil, o qual cantou grandes sucessos de sua carreira. O show de Gilberto Gil foi também o mais prestigiado pela mídia, o local vip em frente ao palco reservado para reporteres e jornalistas ficou super lotado, não cabia mais ninguém, estava parecendo o metrô em horário de pico.

Byafra
Byafra

O PALCO DO BREGA

No Largo do Arouche, o palco do brega apresentou grandes estrelas nacionais da música romântica, como Guilherme Arantes, Dalto, Byafra, Michael Sullivan, Rádio Taxi. Byafra encantou o público com suas músicas temas de novelas da TV Globo. Byafra cantou inclusive o tema do personagem Tonho da Lua na novela “Mulheres da Areia”. Michael Sullivan enfatizou suas composições famosas para o público infantil, conhecidas nacionalmente em gravações feitas por Xuxa, Trem da Alegria, Balão Mágico e Angélica. Também se apresentaram lá Virgulóides, Pinduca e Claudette Soares. O cantor Tinoco se apresentaria às 13 horas de domingo no palco do Arouche, mas morreu na sexta-feira. Na hora do show de Tinoco, muitos artistas lhe fizeram homenagens cantando seus grandes sucessos.

 

THEATRO MUNICIPAL

No suntuoso palco do Theatro Municipal se apresentaram personalidades como Arnaldo Baptista, Cauby Peixoto, Angela Maria, Edy Star, Badi Assad e Balé Teatro Castro Alves. Leci Brandão, Zezé Motta, entre outros.

A estrela de Gretchen continua brilhando.
A estrela de Gretchen continua brilhando.

O PALCO DO CABARÉ

Uma das inovações da 8ª edição da Virada Cultural foi o palco do cabaré, instalado na Avenida Ipiranga, em frente ao magestoso Edifício Copan, cartão postal da cidade projetado por Oscar Niemayer. Atrações nacionais e internacionais passaram pelo palco do cabaré, onde apresentaram pole dance e demais danças sensuais. Lá pelas 23 horas de sábado Gretchen subiu ao palco e agitou o público de pelo menos 30 mil pessoas. Entramos no camarim da Gretchen, a qual estava completamente cercada de repórteres. A rainha do bumbum estava de fato no seu momento maior de estrela nacional. Outra atração bastante esperada foi a apresentação do grupo israelense Arisa, que tem como principal integrante o modelo Eliad Cohen.

O modelo israelense Eliad Cohen.
O modelo israelense Eliad Cohen.

O Arisa apresentou danças orientais. Eliad Cohen foi soldado do Exército de Israel. E para encerrar o evento no domingo, uma atração especial: a mais famosa chacrete, Rita Cadillac.

 

O PALCO DA SÉ

Na praça da Catedral da Sé foi instalado o palco para o stand up. Por lá passaram Tom Cavalcante, Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marcelo Mansfield, entre tantos outros. Na Sé também houve um palco destinado para o Campeonato Sul Americano de Luta Livre, onde se apresentaram muitos lutadores nacionais e internacionais.

Se escrevêssemos apenas o nome das 900 atrações da Virada Cultural, certamente não caberia nesta matéria. Mas ainda registramos a apresentação de artistas na Virada Cultural como Denise Fraga, Reynaldo Giannechini, Erik Marmo, Fabio Assunção, Angela RO RO, Jair Rodrigues, Luiza Possi, Zelia Duncan e muitos, muitos outros. Elis Regina e Raul Seixas receberam homenagens na Virada Cultural. Registramos também a apresentação da banda teen Fresno, na Avenida Cásper Libero.

Outra inovação do evento foi a ida de 21 chefes de cozinha para a Virada Cultural, na programação “Chefs na Rua.” Mas eles foram para cozinhar mesmo. Em baixo do Minhocão, o elevado Costa e Silva, renomados chefs como Alex Atala, Marcio Silva, Benny Novak e Luiz Emanuel prepararam seus pratos que tradicionalmente são servidos nos restaurantes estrelados de São Paulo. A programação gastronômica foi um sucesso e ao mesmo tempo insuficiente para atender a demanda. SÃO PAULO, a locomotiva do Brasil, a cidade do trabalho, a cidade que não dorme, começa a despertar para a diversão.

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