Nos bastidores da política, o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) articula um plano que pode alterar sua possível trajetória em 2026. No congresso há 34 anos, Ciro trabalha para consolidar o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como o principal candidato da oposição à Presidência da República. Paralelamente, atua para convencer os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) a disputarem o Senado, abrindo caminho para que a vaga de vice-presidente na chapa oposicionista fique disponível.
Com essa movimentação, Ciro deve abrir mão da disputa pela reeleição ao Senado e indicar um dos seus aliados — Margarete Coelho ou Joel Rodrigues — para concorrer à sua vaga. Indo para uma campanha nacional, a oposição no Piauí perde ainda mais força, a única coisa que restará para o senador é tentar transferir o apoio dos prefeitos que o acompanham no estado para o nome escolhido.
Nesse cenário chapa de situação ganha forças para conquistar as duas vagas em disputa. Atualmente, as articulações apontam para a reeleição do senador Marcelo Castro (MDB) e a eleição do deputado federal Júlio César (PSD), ambos fortalecidos pelo apoio do governador Rafael Fonteles.
A possibilidade de Ciro figurar como vice-presidente foi reforçada nesta segunda-feira (12/05) pelo deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas). Em entrevista ao jornalista Gustavo Almeida, Arcoverde destacou que Ciro é uma das principais opções para compor a chapa majoritária da oposição.
“É sim [uma possibilidade real], porque o Ciro foi o grande articulador da federação entre União Brasil e o Progressistas. É um nome que comanda o centro dentro do Senado e da Câmara e é um nome político forte. Nós temos vários candidatos a vice-presidente, mas o nome do senador Ciro é o nome que transita muito bem dentro de todos os partidos de centro, e o centro hoje é o equilíbrio na Câmara dos Deputados”, afirmou Arcoverde.
Fonte: 180graus