O ritual mais secreto do mundo começa hoje no Vaticano

Mais precisamente às 11h30. Esse é o horário que marca o início do processo que vai escolher o novo líder da Igreja Católica após a morte do Papa Francisco.

O Conclave, que acontece apenas após a morte ou renúncia de um Papa, é uma das cerimônias mais tradicionais e enigmáticas do mundo religioso — e também uma das mais relevantes politicamente.

Serão reunidos 133 cardeais com menos de 80 anos, vindos de 71 países. 108 deles foram indicados por Francisco, o que torna provável a eleição de alguém alinhado à sua visão menos dogmática e mais social.

Como funciona: Eles se isolam na Capela Sistina sem qualquer contato com o mundo exterior: nada de celular, internet ou visitas.

Para a escolha do novo Papa, são necessários pelo menos 2/3 dos votos, ou seja, 89 indicações no caso atual. Os votos são secretos, impressos com a frase em latim Eligo in Summum Pontificem. No fim da contagem, as cédulas são queimadas e a fumaça avisa ao mundo o resultado:

⚫ Sem consenso

⚪ Habemus Papa

Enquanto não tiver consenso, é convocada uma nova votação — até 4x por dia. Para se ter uma ideia, em 1268, a escolha demorou quase 3 anos. Mas a expectativa é que seja algo mais rápido, de apenas alguns dias, assim como foi a de Francisco.

O tema vai além da religião

Apesar de parecer um assunto restrito aos fiéis, a escolha do novo Papa tem peso também fora dos muros do Vaticano.

A Igreja Católica segue como uma das instituições mais influentes do planeta, com +1,4 bilhão de seguidores, representação diplomática em mais de 180 países e capacidade real de moldar debates sociais e políticos, especialmente na Europa.

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