
Com a chegada do período mais quente do ano, aumentam os casos de contato com os potós, insetos comuns no Nordeste brasileiro capazes de causar queimaduras de até segundo grau. A dermatologista Fernanda Ayres, do Instituto de Educação Médica (Idomed), explica que a infestação é favorecida pelo calor e pela umidade, que estimulam a reprodução e a maior atividade desses insetos.
Segundo a especialista, os potós são noturnos e atraídos por luzes, mas não picam nem mordem. As lesões na pele acontecem de forma acidental, quando o inseto libera uma substância tóxica chamada pederina. Ao entrar em contato com o corpo humano, essa secreção provoca uma dermatite irritativa, caracterizada por vermelhidão, ardor, bolhas e feridas semelhantes a queimaduras químicas ou por fogo.
“A queimadura é causada pela pederina presente no corpo do inseto. Quando ele é esmagado contra a pele, essa substância entra em contato e provoca a lesão”, esclarece Fernanda Ayres. A médica alerta ainda que não é recomendado esmagar o potó ao encontrá-lo sobre a pele, justamente para evitar o contato da toxina com o organismo.
Entre os principais cuidados, a dermatologista orienta verificar roupas de cama antes de dormir, manter portas e janelas fechadas ou com telas de proteção, evitar luzes acesas próximas a áreas abertas, além de usar cortinas e manter os ambientes limpos, sem frestas onde os insetos possam se esconder.
Em caso de contato com o potó, a recomendação é lavar imediatamente a região com água e sabão, sem esfregar, aplicar compressas frias e, se indicado por um médico, pomadas anti-inflamatórias ou com corticoide leve. Em situações mais graves, como queimaduras extensas, presença de bolhas intensas ou infecção secundária, é necessário procurar atendimento dermatológico.
Fonte: Ícone Comunicação